segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Muito Mais que só Livros o Bibliotecário mostra que é tendência de profissão para 2016

O Profissional Bibliotecário mostra mais uma vez que continua sendo considerada uma profissão tendência de mercado, conquistando o 35º lugar entre as 200 profissões mais promissoras do momento, segundo o site http://www.careercast.com/, este que classifica e avalia as profissões de mais sucesso do momento. 
Sendo uma das profissões mais antigas do mundo, esse profissional conseguiu mostrar que é capaz de se atualizar, surpreender e continuar indispensável. De acordo com a equipe da Americana CarerCast, ser Bibliotecário possibilita boas oportunidades de emprego, salários interessantes e pouco stress no seu dia a dia da profissão. 

Mas o que faz o Bibliotecário?
Bom, para começar o Bibliotecário não cuida só de livros mas também implementa, gerencia e planeja os sistemas de informação. Formado em Biblioteconomia o profissional enfrenta um dia a dia em que precisa ser criativo, estar sempre atualizado e informado. Para se ter uma ideia, em 2013 a  Biblioteca de São Paulo completou cinco anos e recebeu mais de 307 mil visitantes/sócios ao longo do ano, emprestando em média 73 mil livros. Mas como o Bibliotecário trabalha para atrair o público? 

Fazer de sua biblioteca um local atrativo, vivo, dinâmico para cativar e fidelizar seu público, além de conhecer e trabalhar para a comunidade na qual ela está inserida, são os maiores desafios do bibliotecário hoje, de acordo com Sueli Motta, diretora da Biblioteca de São Paulo, instalada onde funcionava a Casa de Detenção do Carandiru, na zona norte da capital paulista. Atuando na área de biblioteconomia há quase três décadas, Sueli diz que a profissão atravessa um momento “muito mais tecnológico” atualmente.

“O profissional do século 21 disponibiliza o acervo em vários suportes, com o olhar muito mais apurado para a acessibilidade e a inclusão social através da cultura.” Entender os ‘clientes’ e o entorno da biblioteca, no entanto, continuam fundamentais, ela ressalta.
Aos que se interessaram em ingressar na área, um aviso: A Graduação deve ser em bacharelado em Biblioteconomia mas para se destacar entre os profissionais é importante sempre estar estudando e se atualizando. Sueli, por exemplo, é formada em Biblioteconomia e Documentação com especialização (MBA) em Gestão Empresarial.
Se engana se você acredita que o campo de trabalho está só em bibliotecas públicas ou escolares, mas este profissional engloba centros de documentação, arquivos, museus, centros culturais e de memória, hemerotecas, editoras, empresas de comunicação, provedores de internet, ONGs, clubes e associações.
A necessidade das empresas de recorrer à internet como ferramenta para aumentar a competitividade também aumenta a demanda pelo bibliotecário, que se especializa na organização de conteúdo em espaços virtuais, na gestão de serviços de informação e na avaliação de conteúdos em bibliotecas digitais. Há oportunidades em empresas, centros de documentação públicos e privados, museus, editoras e livrarias.
Maysa Barbosa de Aguiar foi fisgada pela profissão quando arrumou um emprego como auxiliar administrativa no Centro de Memória Sindical. Achou que o acervo do centro de documentação estava muito disperso, arregaçou as mangas e começou a organizar a ‘bagunça’.
“Maysa, você tem de fazer biblioteconomia”, disse minha chefe. E ela foi. Logo depois, apareceu uma vaga no Dante Alighieri e lá se vão 24 anos desde que ela entrou pela primeira vez no tradicional colégio, localizado na região da Avenida Paulista, e não saiu mais.
Uma das três bibliotecárias responsáveis pelo enorme acervo do Dante – 60 mil itens –, Maysa diz que não se enxerga fazendo outra coisa na vida.
bibliotecario1“Nós criamos um forte vínculo emocional com a criança. Esse universo aqui da escola sempre foi muito bacana para mim. E não são só os alunos que estão aprendendo. Nós descobrimos coisas novas todos os dias”, comenta a encarregada pela biblioteca infantil.
Do outro lado do corredor, Roseli Venâncio Pedroso, há 19 anos no Dante, é a responsável pela biblioteca central, que atende desde alunos do sexto ano do Fundamental até o Ensino Médio, além de professores, pais e pesquisadores. Esses últimos recorrem ao acervo por conta das obras em italiano, principalmente quando o assunto é imigração.
Roseli cursou Letras (“Odiei”), mudou para Arquitetura e, como precisava trabalhar, arrumou um emprego em uma biblioteca escolar em Osasco. “Acabei trancando o curso de Arquitetura e prestei vestibular para Biblioteconomia. A escola se tornou meu universo. Já recusei diversas ofertas para trabalhar em outras bibliotecas. Daqui eu não saio”, diz. Para se manter atualizada, ela lê. Muito.
“Sou compulsiva. Ler para mim não é uma obrigação da área. É um prazer.” Acompanhar as mudanças no gosto dos alunos nestes quase 20 anos no colégio também. “A gente sempre teve Senhor dos Anéis, por exemplo, mas ninguém nunca me pedia. Aí, chegou o Harry Potter e eu falava para eles ‘lê que você vai gostar’ e eles me respondiam ‘ah, mas é muito grosso’. Hoje, eles querem ler tudo de fantasia, se apropriaram do espaço, sugerem títulos para comprarmos”, afirma.
Regina Célia de Sousa trabalha em um universo completamente diferente, mas não menos apaixonante. Gerente de Conhecimento e de Informações do renomado escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, ela está à frente de uma equipe de bibliotecários e auxiliares cuja responsabilidade é cuidar de um acervo jurídico de aproximadamente 330 mil registros, entre livros impressos e digitais, artigos de periódicos, pareceres, legislação, boletins etc.
Ela salienta que para atuar na área jurídica os bibliotecários devem desenvolver uma postura pró-ativa, flexibilidade no desempenho e atenção às características e variações da demanda. “A área é complexa e apresenta uma dinâmica muito própria pela característica do seu público, portanto, requer uma equipe de profissionais bem capacitados e especializados”, define.

Ela ainda dá algumas dicas preciosas para se destacar na profissão: “Nunca esquecer que seus clientes também adquirem novas habilidades e competências que irão se refletir no tipo de solicitação ou demanda apresentada. O bibliotecário necessita acompanhar a evolução de sua área de formação, bem como da área de seu desempenho profissional. A demanda por bibliotecários especializados é uma tendência na área jurídica”, diz Regina, que também é presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia.
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2 comentários:

  1. Existe algum curso de pós-graduação para o bibliotecário jurídico?

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  2. Bom dia Beto, obrigada pelo seu comentário. Atualmente não há nenhum curso aberto nessa área. Mas fique de olho em nossas páginas, estarei publicando todas as informações caso abra algum. ;)

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